Você está vendo a documentação do Kubernetes versão: v1.26

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Visão Geral de Autorização

Aprenda mais sobre autorização no Kubernetes, incluindo detalhes sobre criação de políticas utilizando módulos de autorização suportados.

No Kubernetes, você deve estar autenticado (conectado) antes que sua requisição possa ser autorizada (permissão concedida para acesso). Para obter informações sobre autenticação, visite Controlando Acesso à API do Kubernetes.

O Kubernetes espera atributos que são comuns a requisições de APIs REST. Isto significa que autorização no Kubernetes funciona com sistemas de controle de acesso a nível de organizações ou de provedores de nuvem que possam lidar com outras APIs além das APIs do Kubernetes.

Determinar se uma requisição é permitida ou negada

O Kubernetes autoriza requisições de API utilizando o servidor de API. Ele avalia todos os atributos de uma requisição em relação a todas as políticas disponíveis e permite ou nega a requisição. Todas as partes de uma requisição de API deve ser permitidas por alguma política para que possa prosseguir. Isto significa que permissões são negadas por padrão.

(Embora o Kubernetes use o servidor de API, controles de acesso e políticas que dependem de campos específicos de tipos específicos de objetos são tratados pelos controladores de admissão.)

Quando múltiplos módulos de autorização são configurados, cada um será verificado em sequência. Se qualquer dos autorizadores aprovarem ou negarem uma requisição, a decisão é imediatamente retornada e nenhum outro autorizador é consultado. Se nenhum módulo de autorização tiver nenhuma opinião sobre requisição, então a requisição é negada. Uma negação retorna um código de status HTTP 403.

Revisão de atributos de sua requisição

O Kubernetes revisa somente os seguintes atributos de uma requisição de API:

  • user - O string de user fornecido durante a autenticação.
  • group - A lista de nomes de grupos aos quais o usuário autenticado pertence.
  • extra - Um mapa de chaves de string arbitrárias para valores de string, fornecido pela camada de autenticação.
  • API - Indica se a solicitação é para um recurso de API.
  • Caminho da requisição - Caminho para diversos endpoints que não manipulam recursos, como /api ou /healthz.
  • Verbo de requisição de API - Verbos da API como get, list, create, update, patch, watch, delete e deletecollection que são utilizados para solicitações de recursos. Para determinar o verbo de requisição para um endpoint de recurso de API , consulte Determine o verbo da requisição.
  • Verbo de requisição HTTP - Métodos HTTP em letras minúsculas como get, post, put e delete que são utilizados para requisições que não são de recursos.
  • Recurso - O identificador ou nome do recurso que está sendo acessado (somente para requisições de recursos) - para requisições de recursos usando os verbos get, update, patch e delete, deve-se fornecer o nome do recurso.
  • Subrecurso - O sub-recurso que está sendo acessado (somente para solicitações de recursos).
  • Namespace - O namespace do objeto que está sendo acessado (somente para solicitações de recursos com namespace).
  • Grupo de API - O API Group sendo acessado (somente para requisições de recursos). Uma string vazia designa o Grupo de API core.

Determine o verbo da requisição

Requisições de não-recursos Requisições sem recursos de /api/v1/... ou /apis/<group>/<version>/... são considerados "requisições sem recursos" e usam o método HTTP em letras minúsculas da solicitação como o verbo. Por exemplo, uma solicitação GET para endpoints como /api ou /healthz usaria get como o verbo.

Requisições de recursos Para determinar o verbo de requisição para um endpoint de API de recurso, revise o verbo HTTP utilizado e se a requisição atua ou não em um recurso individual ou em uma coleção de recursos:

Verbo HTTPVerbo de Requisição
POSTcreate
GET, HEADget (para recursos individuais), list (para coleções, includindo o conteúdo do objeto inteiro), watch (para observar um recurso individual ou coleção de recursos)
PUTupdate
PATCHpatch
DELETEdelete (para recursos individuais), deletecollection (para coleções)

Às vezes, o Kubernetes verifica a autorização para permissões adicionais utilizando verbos especializados. Por exemplo:

  • PodSecurityPolicy
    • Verbo use em recursos podsecuritypolicies no grupo policy de API.
  • RBAC
    • Verbos bind e escalate em roles e recursos clusterroles no grupo rbac.authorization.k8s.io de API.
  • Authentication
    • Verbo impersonate em users, groups, e serviceaccounts no grupo de API core, e o userextras no grupo authentication.k8s.io de API.

Modos de Autorização

O servidor da API Kubernetes pode autorizar uma solicitação usando um dos vários modos de autorização:

  • Node - Um modo de autorização de finalidade especial que concede permissões a kubelets com base nos Pods que estão programados para execução. Para saber mais sobre como utilizar o modo de autorização do nó, consulte Node Authorization.
  • ABAC - Attribute-based access control (ABAC), ou Controle de acesso baseado em atributos, define um paradigma de controle de acesso pelo qual os direitos de acesso são concedidos aos usuários por meio do uso de políticas que combinam atributos. As políticas podem usar qualquer tipo de atributo (atributos de usuário, atributos de recurso, objeto, atributos de ambiente, etc.). Para saber mais sobre como usar o modo ABAC, consulte ABAC Mode.
  • RBAC - Role-based access control (RBAC), ou controle de acesso baseado em função, é um método de regular o acesso a recursos computacionais ou de rede com base nas funções de usuários individuais dentro de uma empresa. Nesse contexto, acesso é a capacidade de um usuário individual realizar uma tarefa específica, como visualizar, criar ou modificar um arquivo. Para saber mais sobre como usar o modo RBAC, consulte RBAC Mode
    • Quando especificado RBAC (Role-Based Access Control) usa o grupo de API rbac.authorization.k8s.io para orientar as decisões de autorização, permitindo que os administradores configurem dinamicamente as políticas de permissão por meio da API do Kubernetes.
    • Para habilitar o modo RBAC, inicie o servidor de API (apiserver) com a opção --authorization-mode=RBAC.
  • Webhook - Um WebHook é um retorno de chamada HTTP: um HTTP POST que ocorre quando algo acontece; uma simples notificação de evento via HTTP POST. Um aplicativo da Web que implementa WebHooks postará uma mensagem em um URL quando um determinado evento ocorrer. Para saber mais sobre como usar o modo Webhook, consulte Webhook Mode.

Verificando acesso a API

kubectl fornece o subcomando auth can-i para consultar rapidamente a camada de autorização da API. O comando usa a API SelfSubjectAccessReview para determinar se o usuário atual pode executar uma determinada ação e funciona independentemente do modo de autorização utilizado.

# "can-i create" = "posso criar"
kubectl auth can-i create deployments --namespace dev

A saída é semelhante a esta:

yes
# "can-i create" = "posso criar"
kubectl auth can-i create deployments --namespace prod

A saída é semelhante a esta:

no

Os administradores podem combinar isso com personificação de usuário para determinar qual ação outros usuários podem executar.

# "can-i list" = "posso listar"

kubectl auth can-i list secrets --namespace dev --as dave

A saída é semelhante a esta:

no

Da mesma forma, para verificar se uma ServiceAccount chamada dev-sa no Namespace dev pode listar Pods no namespace target:

# "can-i list" = "posso listar"
kubectl auth can-i list pods \
	--namespace target \
	--as system:serviceaccount:dev:dev-sa

A saída é semelhante a esta:

yes

SelfSubjectAccessReview faz parte do grupo de API authorization.k8s.io, que expõe a autorização do servidor de API para serviços externos. Outros recursos neste grupo inclui:

  • SubjectAccessReview - Revisão de acesso para qualquer usuário, não apenas o atual. Útil para delegar decisões de autorização para o servidor de API. Por exemplo, o kubelet e extensões de servidores de API utilizam disso para determinar o acesso do usuário às suas próprias APIs.

  • LocalSubjectAccessReview - Similar a SubjectAccessReview, mas restrito a um namespace específico.

  • SelfSubjectRulesReview - Uma revisão que retorna o conjunto de ações que um usuário pode executar em um namespace. Útil para usuários resumirem rapidamente seu próprio acesso ou para interfaces de usuário mostrarem ações.

Essas APIs podem ser consultadas criando recursos normais do Kubernetes, onde a resposta no campo status do objeto retornado é o resultado da consulta.

kubectl create -f - -o yaml << EOF
apiVersion: authorization.k8s.io/v1
kind: SelfSubjectAccessReview
spec:
  resourceAttributes:
    group: apps
    resource: deployments
    verb: create
    namespace: dev
EOF

A SelfSubjectAccessReview gerada seria:

apiVersion: authorization.k8s.io/v1
kind: SelfSubjectAccessReview
metadata:
  creationTimestamp: null
spec:
  resourceAttributes:
    group: apps
    resource: deployments
    namespace: dev
    verb: create
status:
  allowed: true
  denied: false

Usando flags para seu módulo de autorização

Você deve incluir uma flag em sua política para indicar qual módulo de autorização suas políticas incluem:

As seguintes flags podem ser utilizadas:

  • --authorization-mode=ABAC O modo de controle de acesso baseado em atributos (ABAC) permite configurar políticas usando arquivos locais.
  • --authorization-mode=RBAC O modo de controle de acesso baseado em função (RBAC) permite que você crie e armazene políticas usando a API do Kubernetes.
  • --authorization-mode=Webhook WebHook é um modo de retorno de chamada HTTP que permite gerenciar a autorização usando endpoint REST.
  • --authorization-mode=Node A autorização de nó é um modo de autorização de propósito especial que autoriza especificamente requisições de API feitas por kubelets.
  • --authorization-mode=AlwaysDeny Esta flag bloqueia todas as requisições. Utilize esta flag somente para testes.
  • --authorization-mode=AlwaysAllow Esta flag permite todas as requisições. Utilize esta flag somente se não existam requisitos de autorização para as requisições de API.

Você pode escolher mais de um modulo de autorização. Módulos são verificados em ordem, então, um modulo anterior tem maior prioridade para permitir ou negar uma requisição.

Escalonamento de privilégios através da criação ou edição da cargas de trabalho

Usuários que podem criar ou editar pods em um namespace diretamente ou através de um controlador como, por exemplo, um operador, conseguiriam escalar seus próprios privilégios naquele namespace.

Caminhos para escalonamento

  • Montagem de Secret arbitrários nesse namespace
    • Pode ser utilizado para acessar Secret destinados a outras cargas de trabalho
    • Pode ser utilizado para obter um token da conta de serviço com maior privilégio
  • Uso de contas de serviço arbitrárias nesse namespace
    • Pode executar ações da API do Kubernetes como outra carga de trabalho (personificação)
    • Pode executar quaisquer ações privilegiadas que a conta de serviço tenha acesso
  • Montagem de configmaps destinados a outras cargas de trabalho nesse namespace
    • Pode ser utilizado para obter informações destinadas a outras cargas de trabalho, como nomes de host de banco de dados.
  • Montagem de volumes destinados a outras cargas de trabalho nesse namespace
    • Pode ser utilizado para obter informações destinadas a outras cargas de trabalho e alterá-las.

Próximos passos

Última modificação November 15, 2022 at 10:27 PM PST: missing kubelet and pods format (ddfbaad0c6)